A proposta coreográfica se realizará pela criação de partituras de movimento que acontecerão nas salas superiores do palácio da Aclamação. Para tanto, pretendemos trabalhar com a idéia de estabilidade e instabilidade onde o corpo estará se relacionando com os ambientes por onde transitarão (quartos, capela, corredores da parte superior).
As partituras corporais criadas deverão ser capturadas e projetadas, em tempo real, no ambiente onde o público estará transitando. Tais projeções aparecerão, a princípio, em momentos pontuais e inesperados.
. Neste sentido, os próprios intérpretes serão responsáveis pela manipulação dos equipamentos de projeção, e tais ações irão se configurar como cena.
Num primeiro momento, as ações dos intérpretes só poderão ser vistas através das imagens projetadas. Os intérpretes poderão ter acesso às ações do público através de uma câmera de segurança e poderão, a partir deste mecanismo, interagir diretamente com estes. Num segundo momento, os intérpretes deverão migrar dos ambientes superiores do palácio para se unirem ao público. Pretendemos, desta forma, criar aproximações entre tempos antigos referentes a historia do palácio e os tempos atuais, permitindo inclusive que as imagens do dia anterior possam ser projetadas no dia subseqüente, confundindo o público.
Outro dado relevante é o fato de que as ações dos intérpretes estarão relacionadas ao figurino que estarão usando, visto que este deverá se transformar gradativamente a partir da interferência dos outros intérpretes. Pretendemos, deste modo, promover aproximações entre um modo de vestir, andar, estar em tempos anteriores a modos de vestir, andar e estar em tempos atuais. Assim, criaremos uma tamanha proximidade e intimidade entre um tempo arcaico e um tempo exacerbadamente cibernético. Neste sentido, o figurino servirá como próteses dos corpos-intérpretes.
Pretendemos, ainda, trabalhar para entender como o corpo foi se transformando ao longo do tempo pensando na possibilidade desse corpo residir no palácio da aclamação. Como o corpo do palácio foi mercantilizado num período anterior e como ele seria tratado, midiatizado, objetificado, invadido, em tempos atuais. Desta maneira, o glamour da arquitetura do palácio servirá como um ambiente “contextualizador” dessas questões.
Idéia de possível figurino:
1. Um corpete de tecido que, pela ação de outros intérpretes, seria arrancado para denunciar um novo corpete feito de metal (como uma armadura).
2. Um armação, também de metal, (daquelas que ficam debaixo da saia) que num primeiro momento estaria coberto e num segundo momento seria exposto. Neste figurino penso que a armação poderia ter rodinhas embaixo - como as sugeridas por Isaura - onde as pessoas que estariam vestindo essas armações, pudessem patinar. (Acho que já poderíamos ter um link com a cena de Isaura)
Modelos para versão metálica
adorei a coligação rs
ResponderExcluira idéia das rodinhas na armação da saia é fantástica!
vamo que vamo...
bjinhos